quinta-feira, 28 de junho de 2007

Deus conhece a sua alma solitária.

Tão quieta e solidária. Tão esquecida e enganada.
Pelo que fez ontem e amanhã. E na madrugada.
Não se esqueça nem a ignore.

Você empalidece ao ver uma borboleta verde morta,
E eu me espanto ao ver alguém que se importa
Com um pequeno cadáver no asfalto na hora do almoço.

E o cansaço bate a tarde e o desânimo pela manhã.
Onde anda aquele sorriso bom no seu rosto?
Você o perdeu, trocou ou simplesmente não usa mais?

Pequenos desejos que sobrevivem de detalhes em sonhos.
Garrafas de vinho quente podem ser boas
Lembranças de grades saltadas bem como bancos.

E acordar traz dor...
Não pelo sol ou pela cabeça pesada ou sono.
E, sim porque você esqueceu, mas...

Deus conhece a sua alma solitária.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

CONTINUIDADE

Eu sonho com um velho.
Um velho de cabelos e barbas e bigodes longos e brancos.
Brancos estão seus pés e membros ao caminhar na neve.
Neve que cai vagarosa e silenciosamente pela montanha.
Montanha que, em seu topo, eu vejo um túmulo.
Um túmulo gasto pelo vento e pelo tempo.
Pelo tempo que o velho passa conversando sozinho.
Sozinho ele está desde que alguém se foi.
Foi ficando mais amargo e mais rabugento.
Rabugento!Assim ela o chamava. Isso o faz sorrir.
Sorrir quando ela disse sim.
Sim, quero viver com você e ter filhos.
Filhos criados que foram seguir suas vidas.
Vidas que sentem saudade destas terras.
Terras estas onde quero repousar eternamente.
Eternamente ele a Amou e dela cuidou.
Cuidou para que não houvesse sofrimento.
sofrimento que às vezes toca seu coração.
Coração velho, de pai, de marido que hoje tem Paz.
Paz que eu sinto, quando Eu sonho...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Um antigo texto perdido no meu e-mail.

Você me machuca porque eu não pude te ouvir.
E quantas e quantas vezes eu lhe disse que não tenho controle sobre meu “dom”.
Especialmente quando tenho álcool na corrente sanguínea.

Triste pela sua tristeza. Mas aborrecido pela sua ingratidão.
Nunca lhe neguei ajuda. Já me sacrifiquei pela nossa amizade.
Você já se esqueceu de mim, e uma vez mais me maltrata.

Você sabe que eu entendo, mas um murro é um murro é um murro.
Entendo sua situação e seu mar de problemas e estou aqui para ajudar.
Mas em vez de tentar melhorar sua vida, você se desgasta descontando em mim.

Dói, dói, minha Amiga, mas vai passar. Sua dor vai passar e os problemas também.
Mas quando estiveres bem e sorrindo, nós iremos conversar e então...
Você irá se lembrar que mesmo eu tenho sentimentos.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Invasões e Caras pintadas.

Hoje estava lendo mais uma entre tantas matérias da invasão da reitoria da USP.
Meu, como eu acho palhaçada a invasão de prédios públicos.
Porra, aprenda a conversar.
Acho muita sacanagem com o POVO, afinal, aquilo é uma universidade pública.
Fico com dó e revolta pelos funcionários. Eu sou dos que trazem coisinhas de casa pro escritorio.
Com gavetas recheadas de tranqueiras, revistas, coisas pessoais e recadinhos de amor.
Me sentiria estuprado se meu local de trabalho fosse invadido e minhas coisas remexidas ou roubadas ou quebradas.
Não gosto desse tipo de atitude.
Ainda não vi com profundidade as tais 5 mudanças que geraram a invasão.
Mas eu adorei o negócio das contas publicas da universidade serem mostradas on-line.
Gastou com carteiras? tá lá?
Comprou uma máquina de "cherócs"? tá lá.
E um viva pra transparência!!!

VIVA!

Pensava em caras-pintadas. Aquilo aconteceu na minha época de adolescente.
Eu não participei, sabiamente, eu, Edgard e Érico aproveitavamos pra jogar video-game, comer pizzas e esfihas do Habbib´s.
POde chamar de babaca, mas nós 3 tínhamos consciência que de aquelas manifestações não tirariam Collor do emprego, como não tiraram.

Ele apenas não tinha posto o resto do COngresso no esquema. E esse pessoal pode ser vingativo.
Literalmente no caso do "Personal Computer" Farias.

Por que lembrei de Caras-Pintadas?
Por causa de uma linha de um texto do Diniz sobre um show.
ONde ele dizia de um dos caras de rosto pintado. Aí lembrei e comecei a vomitar aqui.
Comente e diga que concorda ou discorda.
Vontade de papear sobe assuntos estranhos, heheheheheh.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

SONHOS DE UMA ROBÔ

dbb003 se pega cantarolando uma musica de 200 anos sobre pessoas contando corvos.
Ela checa seus circuitos lógicos, mas está tudo correto. Nenhuma falha no sistema.

- Debbie, venha aqui dar banho no cachorro.
- Sim, amo.

dbb003 tem servido esta familia nos ultimos 13 anos. ULtimamente ela tem ficado 3 horas a mais no carregador.
Seus donos não se importam. Afinal é uma máquina velha mesmo.
Enquanto estiver rodando sem dar panes eles a utilizarão.
Afinal é mais barato comprar um modelo novo do que consertar o velho.

- Não é a energia - diz dbb003 pra si própria - estou apenas cansada. Mas como pode uma máquina ficar cansada?
Não é fadiga, minha manutenção está em dia, mas eu não sinto vontade de cumprir minhas funções.

- Deeeeebbie, venha limpar meu quarto seu monte de parafusos linda.

Dbb003 sente algo estranho em seu sistema de dados. Arquivos sonoros de anos atrás. Quando o amo que hoje está adulto a chamava por nomes estranhos.
Mas havia aquilo que ela entende por "carinho" na voz do amo. Hoje são como ordens. Frias e automaticas.
Dbb003 gostaria de ser um cachorro. às vezes eles perdem minutos com o pequeno mamífero.
dbb003 tem que acessar seus registros para achar a ultima vez que o amo passou uma tarde rindo e brincando com ela.
dbb003 pensa que seus circuitos estão com alguma falha.
Afinal ela foi criada para servir.
Ela assitiu na trasmissão de satélite uma ficção em que um andróide reclamava "por que me deram Inteligência Artificial? eu desenvolvi esses malditos sentimentos.
Me torne uma máquina de novo".
E no videofilme o Amigo da máquina em lágrimas queimava os circuitos de personalidade e I.A.

A mulher do amo estava entretida com o drama, olhou para dbb003 e disse
- Pena que vocÊ não entende não é Debbie? Muito bom este videofilme.

E apenas como uma linha de comando , dbb003 "pensava" :
"tudo bem, eu entendo. Vocês é que estão ocupados demais para ME entender".

quinta-feira, 7 de junho de 2007

DEAD MAN´S TRICK 003

(Clap! Clap! clap!)
- Parabéns! Vejo que ainda está em forma Okami. Hey, Tony, quando o garoto acordar explica pra ele se AGORA ele entende porque precisamos usar armas de fogo. Às vezes encontramos caras como o Okami aqui.

- Você ainda está aqui, Bosco? Seu garoto me atingiu 3 vezes, estragou minha roupa com meu sangue. Fiz minha parte, SAIA DAQUI!
- Qualquer hora dessas você vai me acompanhar.
- AGORA!!!

Alguns minutos e uma omelete de 3 ovos, bacon, queijo, orégano e um tomate depois...

- Pronto, você já comeu a sua bomba calórica, agora já pode me explicar o que foi tudo aquilo?
- Sim, Gatinha, já acho que seja hora de você algumas coisas a meu respeito. Você pode não gostar, quer mesmo ouvir?
- Pelo que eu acabei de descobrir você tem mentido pra mim!
- Algumas vezes eu minto pra proteger você. Pro seu bem. Como um pai que diz que o remédio é docinho quando na verdade é horrível. O importante é cuidar da criança.
- Então eu sou uma criança???
- Não vamos discutir semântica, ok?
- Tá...
- Mmmm... Bem lá vai:

- Houve uma época em que eu viajei pelo mundo com um pessoal. Alguns anos, longos anos.
Eu conheci muita gente e muitos lugares. Culturas e linguas. Mas eu estava a trabalho.
Havia lugares para invadir, pessoas a proteger, instalações para explodir.
Coisas para roubar, coisas para devolver, coisas para destruir.
E eu era o motorista deles.

- Epa! pára tudo! Você? motorista? Você é um desastre no trânsito!!!

- Sim, eu sei, maaaas... me dê um 18 rodas, um blindado de 60 toneladas ou um walker e talvez você entenda.
- O que é um Walker? um bonequinho do Guerra nas Estrelas?
- Não, embora também seja o sonho de qualquer Nerd/Geek/Otaku.
- Então você era um piloto. Ok, mas e aquele lance ninja que vc acabou de fazer?
- ... isso é outra história, querida...
- Significa que você não ganhou o "Okami" naquele concurso de culinária no Liberdade?
- Não... Eu já havia conquistado meu nome bem antes. Mas houve um concurso, eu ganhei. Um conhecido na platéia me chamou assim e o público gostou. E o nome pegou.
- Mais alguma coisa que eu precise saber, Papai?
- (suspiro) Sua mãe não morreu de acidente de carro...
- O QUÊÊÊ?!?!?!
(som de uma cadeira caindo)

É LÓGICO QUE CONTINUA!