sexta-feira, 18 de maio de 2007

... e então a lâmina sai da bainha

Bem devagar. calmamente.
Os olhos se atêm a cada detalhe da lâmina que ele já vislumbrara inúmeras vezes.
O espadachim conhece cada parte da lâmina e da empunhadura.

Ele sabe que não deve apertar demais as mãos ao segurar a espada.
Os movimentos sairiam duros por estar a espada estrangulada.
Mas também nao pode afrouxar demais a pega. A movimentação soaria desinteressante e a espada poderia escapar de suas mãos.

E juntos eles saem.
Para treinar ou lutar. Juntos eles sobrevivem.
Afinal, uma espada encostada no canto não preenche seu destino.
E como ser espadachim sem uma espada?
Quando dançam, ambos vivem.
O espadachim sente paz.
A espada é preenchida com a vida do espadachim.

Você pode se perguntar por que não uso a palavra "dono" para denotar a relação dos dois.
Simples.
Um espadachim não se torna "dono" de uma espada.
Ele é aceito por ela.
A espada não deve dominar o espadachim.
Ela deixa-se conduzir por ele com confiança.
E é aí que eles se tornam um.

Por isso é tão raro ver uma técnica que nos arrebate, fazendo-nos pensar que o mundo parou.
Aquela sensação da infância.
É raro uma sintonia fina entre espada e espadachim. Isso é beleza.

E para a bainha que a lâmina retorna. Onde estará protegida.
Enquanto houver vida no espadachim.

3 comentários:

  1. Belo texto.
    A relação entre um espadachim e sua espada é linda.

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  2. nhai que kindo eu sou espada hehe

    bjokas
    amu vc

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  3. gostei gostei gostei
    eh bom ve-lo na ativa novamente
    saudade dos textos sobre plataformas de petroleo
    qr dizer
    nem tanta assim
    pq..
    ah c entendeu
    ashauhsuashuahsuahsua

    bejo!

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