segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Brilho de Glória 003

Relembrando agora eu só me lembro da porta do transporte abrindo.
E a explosão.
Depois acordei aqui no hospital, fui coçar o olho e comecei a gritar.
Meu braço direito não estava mais lá. O enfermeio teve que me dopar com uma seringa.
No dia seguinte (me disseram depois)ao acordar estava uma psicológa ao meu lado.
Luana qualquer coisa.
Ela me contou que assim que íamos desembarcar o veículo foi atingido por três granadas.
Eu e mais dois tivemos sorte. O resto do pelotão virou papinha. Não pudemos dar nenhum tiro. Eu perdi meu braço direito.
Mas a analista disse que tudo ia ficar bem, embora meu plano de saúde não cobrisse a clonagem de um novo. O Exército iria pagar a prótese de um braço mecânico (mas a manutenção seria por minha conta...)
Me sentia estranha, eu que nunca precisei usar nem óculos iria me tornar a porcaria de uma ciborgue.

Me deram uma licensa de 40 dias. Tempo necessário para a adaptação. Se eu tivesse despertado algumas horas a mais, eu não teria gritado pela falta do membro, teria gritado por ver aquele monte de metal.
Ah, sim, o exercito me informou que a prótese eles instalam, mas se eu quiser que parece um braço humano eu que terei que pagar a cobertura.

Bem, agora é hora de pensar no que irei fazer nessas 4 semanas de férias.

2 comentários:

  1. Por que não continuou?
    É o fim?

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  2. Não, não é o fim.
    PRometo (mesmo) que voltarei a escrever.

    Grato pelo apoio e pelo visita.

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